vou reinventar o meu amor
Vou reinventar você assim, tão agridoce amarga aflição. Vou pegar essa loucura que nasceu em mim, com meu amor - com nosso amor! e substituir você da minha canção.
Vou te inventar fora de mim, como imaginei seu amor aqui dentro, quando pra fora já estava a tempo. Assim, como nesse momento. Vou imaginar você para fora, no vento,
na neve e nas lágrimas que não sustento, com a dor e NO amor. Que chovem lá fora. Agora.
Porque aqui dentro não! Não mais. Foi embora.
Amor, vou reinventar você. E vou reinventar essa dor que você adora, que te faz feliz e que te cora, aquala das palavras "Te amor, não va embora". Vou reinventar na dor de outrora, nas palavras que agora choram lá fora, a minha falsa 'nossa' paixão. No meu falso 'nosso' coração.
Vou reinventar você para re-ver minhas lágrimas e minha razão, pois com você não consigo: ser eu, ou nós, ou letras num papel. E sendo assim consigo: ser mais nada, não ser menos tudo, então. Por isso vou te reinventar, e me livrar da solidão trava. E parte. E cala meu coração.
" (...)Vou inventar alguém que me faça rir de tudo,
que invada a minha solidão. Vou pedir alguém.
Reinventar o meu amor. Eu vou viver de mim,
no inverso dessa insensatez que um dia pode me levar.
Nada mal encontrar alguém assim, sentimental como eu sou.
Bom demais no avesso de você. Só fiquei pra devolver as aflições
Os mil descuidos, os mil descasos, algum fio que restou de ilusão,
o mar que aqui se fez, a dor em liquidez,
vou sair do litoral
quando as lágrimas secarem pra você (...)"