MANUSCRITOS DE 2008

Category: By m.regina
Estava vasculhando meus cadernos do ano passado atrás de alguns textos e encontrei um bando, foi interessante dar uma olhada nos antigos pensamentos, então pensei em postar alguns aqui para não perder o costume :)
Ah, mas sobre o que eu escrevi, se alguém quiser tentar ler, provavelmente não fará o menor sentido. Como eu disse, só para não perder o costume ^^
 

caderno de biologia

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"Era uma vez um lugar depois dos oceanos e das montanhas verdes esmeralda onde havia uma garotinha. Ela não sabia seu nome, nem idade se lhe perguntassem, não sabia de onde viera nem para onde iria, mas isso não importa porque não havia ninguém mais lá.
A menina vivia em uma cabana, no topo da montanha mais alta do horizonte, que era quente e cheia de arvores, mas sem nenhum animal. Desde que se lembrava, sempre estivera ali. Não existiam relógios nem espelhos na cabana, não existia passado nem futuro, nem risadas ou choros, nem bem nem mau. Tudo o que havia naquela cabana era o segredo do silêncio da menina, assim as sombras são o segredo de quem nunca abriu os olhos.
Também não há sombras sem luz, nem noite sem dia, nem vida sem tempo. Mas naquela cabana, em sua inexistência inconsciente, a eterna garota não iria a lugar algum, não fosse...”
 

caderno de matemática

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"Hum... Acho que as pessoas realmente não dão a mínima, porque é tão ridiculamente óbvia a mentira - tanto que creio nem poder ser classificada como tal - que até me envergonho! Mas enfim, andemos com a vida, afinal o objetivo é mesmo que não perguntem. Mas aquilo foi demais, algo saiu do padrão, será que desconfia? Provavelmente mas então... Não importa, provavelmente ignorará, apesar de que... Ah! Deixa pra lá.
Enfim, pensando sobre outras coisas... Hum... Sobre o que mais eu poderia pensar?"
 

caderno de gramática

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"Hum... Eu, dessa vez, queria escrever mas só por escrever. Porque na realidade não tenho nada a dizer, mas mesmo assim... Como dizer nada em palavras? Nada, nada, nada, nada, nada, não nem rola. Então frases sem sentido tipo o cravo entrou no carro laranja e desdentou da mulher adjetiva na nona feira passada... É isso é interessante! justo quando ele entrava no mar suspenso com seu carro e o cravo que estava enrolado de tantas panquecas."
 

caderno de matemática (denovo)

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"Ei ei moça! Estou gostando de ver! Finalmente você está começando a tomar as rédeas da sua vida maluca. Está quase que livre! Uau, você deveria se orgulhar, não achei que fosse conseguir... Mas as coisas ainda não acabaram, você agra tem um desafio a cumprir, que prove seu alto-controle, seu desprendimento e te aproxime - se não juntar de vez - a sua tão necessária liberdade; e você sabe do que eu estou falando ;]
Porem... como diria o velho Paulo... Vejo que você está meio desanimada, eu sei como se sente, essas viagens em grupo e taus, mas não fique assim. Quero dizer, fique mas não se lamente.
Você se lembra de como era uma menina corajosa? Já passou por tantas coisas sozinha e tudo e taus, está na hora de voltar a ser aquela filha forte e nunca mais se lamentar, afinal pelo menos você não está passando fome na África."
 

caderno de inglês

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"Eu realmente gostaria de poder... escrever exatamente tudo que eu queria mas não consigo. Você acredita que as pessoas a sua volta não tenham esse problema , por isso você não entende! É como se várias vozes gritassem dentro da sua cabeça e você não pode ouvir todas e quando tenta, não ouve nenhuma, É com se qualquer coisa que você disser sempre vai ter alguém lá gritando contradições e perguntas!
Você simplesmente não sabe o que quer afinal, quem é afinal, nem que porra você está fazendo aqui. O problema com tentar acreditar que tudo é normal é o fato de que você já acreditou que não é, e não há modo de mudar isso, o passado, as coisas que você fez e pensou.
Pensando na hipótese de que os pensamentos verbais são só versões mais emperiquitadas dos sentimentos que as provocam, inclusive muitas vezes equivocadamente, talvez essa maré de pensamentos simultânea que você está passando seja relacionada a algum tipo de desequilíbrio emocional.
É, muito provável, mas ainda assim acho que é o aquecimento global."
 

capa do caderno geral

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" I hate this... I just and only hate this so fucking much!! Grrr"
 

caderno de história

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"Ontem depois do filme eu sentia como se estivesse vendo, mais ao mesmo tempo como se estivesse acabado de perceber que era cega. Eu comecei a prestar mais atenção nos sons e nos cheiros, que transmitiam muito mais o ambiente do shopping lotado do que eu imaginava. Depois pensei em quanto isso iria durar, quanto tempo iria demorar para eu esquecer disso e voltar a ignorar eles de novo.

É, também tinha pensado sobre algo relacionado a cegueira das pessoas. Não sei, mas acho que a fragilidade da sociedade me fez pensar nessas coisas, no modo como engenhosamente as pessoas modificam sua percepção do ambiente com o passar dos tempos. Quer dizer, as pessoas se tornaram cenários umas da vida das outras! Tornou-se tão estranho um shopping sem pessoas quanto sem teto! E não que a presença delas faça alguma diferença na sua vida, elas só.. fazem parte do ambiente.

E o mais estranho é pensar que você é cenário dos seus cenários, tão vazios, tão sobressalentes e irrelevantes perto da importância da sua vida, de você! Como você e todas aqueles seres essenciais que compõem minha vida poderiam ser os duplamente vazios e irrelevantes cenários dos meus cenários?!

Bom, isso mostra a importância que esses cenário possuem, na sua irrelevância mora sua complexidade e equivalência a todos nós, e também a nossa arrogância e estupidez em inferiorizá-los. Mas qual seria a vantagem de relevá-los afinal? Deve haver algum bom motivo para ignorarmo-nos desses modo, não deve? O que aconteceria com a frágil sociedade se pudéssemos, cada um, enxergar a importância dos estranhos a nossa volta e... Nos importássemos com eles?

Não sei, não estava disposta a levar a questão adiante naquele momento e agra também não estou. Me lembro de também ter pensado em seguida - não sei qual a razão mas... - algo sobre individualidade. Ah! Sim, sobre como as pessoas se consideram as únicas "protagonistas" da história, como a transformam em sua e redefinem e "personalizam" a realidade de acordo com suas noções pessoais. Mas é impossível provar que toda esse mundo não é criação de nossa mente (e que não somos cérebros flutuantes em potes), não é de se espantar que as pessoas acabem convenientemente acreditando que sim, afinal a fé é com um salto no escuro, ou algo assim...

Enfim, desse modo que as pessoas criam suas opiniões sobre o mundo, se dividem em grupos e criam uma sociedade para apartar essas discordâncias geradas. E isso não é nada, mas estou com preguiça e cansada demais para continuar pensando em besteira...”
 

caderno de biologia...

Category: By m.regina
"(...)
Ótimo, as pessoas mudam, deixam de ser o que eram e se transformam em algo novo a todo tempo, as vezes algo semelhante ao que foram as vezes não. Isso se deve aos estímulos externos que interferem em nossas vidas e nos brigam a adaptarmo-nos cada vez mais. Mas a questão é... como, enquanto todos mudamos, alguns sentimentos permanecem? De que forma os sentimentos compõem a matéria de nossas identidades? O que leva uma pessoa a esquecer... e outra não? "
 

caderno de história...

Category: By m.regina
"Say only what i realy mean"
é isso que eu preciso fazer agora.

E o que eu quero dizer?
hum...
Eu estou olhando para as perguntas na minha cabeça...
uma bagunça...
estou derrubando pulhas e fuçando gavetas
mas não acho aquelas respostas que tinha anotado antes...

nada ainda...
nada ainda...
Ah!
Uma!
Encontrei:
"Lembrete: Me livrar dessas perguntas..."
 

Sobre isso, Sobre aquilo:.

Category: By m.regina
É engraçado como as vezes em frente a uma tela vazia do blogspot as coisas mudem um pouco, e não pareçam mais tão óbvias.

"Banal, banal, sempre banal."

Em algumas ocasiões as coisas simplesmente se esvaziam, escorrem sua essencia pelos meus dedos sem que eu possa de fato fazer algo para impedir.

"Ó, pobre da pobre que não consegue escrever, ó."

Acho isso, acho aquilo, "Sobre isso, Sobre aquilo", como se o vazio se apossasse das minhas idéias ou como se nunca tivessem existido. É.

"De boa cara, porque você escreve essa merda ainda? Para que isso? Escreva textos, ora! Pense em histórias! Leve esses poucos leitores para outros lugares, lugares mais interessantes que essa sua cabeça e esse seu mundinho sem graça! Vamos, vamos se mexa."

Suponho que ninguém esteja interessado também em minhas discussões comigo mesma certo?

"Exato, mesmo porque isso não é nem uma discussão, é só você e você mesma concordando com a suas limitações."

O que certamente consegue ser ainda menos interessante que uma discussão.

"Certamente."

Mas então porque ainda continuo com esta impressão de que você esta tentando me convencer de algo?

"Vou saber, você é meio estranha, sente coisas sem sentido e fala consigo mesma, não me peça explicações."

Acho que essa seria uma boa hora para parar de escrever,

não seria?