"Papai disse que me daria luvas"

By m.regina
Pedro já estava no fim de seu plantão quando recebeu a chamada.
Olhou para o relógio: 7h07 da manhã.
Começou a pensar em sua noiva.
Virou a direita e estacionou a ambulância.

Leticia e Carlos estavam andando pela beirada da ciclovia em direção ao balão.
Iam tomar café no posto adiante.
Carlos segurou Leticia pelo braço mantendo-a no curso.
Pediu que olhasse nos seus olhos.
_Continue andando.

Leticia espiou com o canto do olho castanho.
Seus olhos se fecharam com força
Atravessavam a rua para o balão, e para o café.

Paulo contornava o balão com seu novo carro.
Olhou através do vidro fumê fechado.
Alguns médicos colocavam um homem e uma criança sobre macas dentro de uma ambulância.
_Mas já a essa hora?

Manoel e Antunes acompanhavam a cena de certa distancia.
Ainda estavam trabalhando.
Não podiam deixar a guarita livre.
Antunes havia chamado a ambulância.
Manuel não via mais nada que pudessem fazer.

Maria estava pegando o ônibus para o trabalho.
Estava cansada.

Lucas estava dormindo.
Estava sonhando

Uma nota importante estava escrita na orelha de um livro.
Estava com letras rabiscadas e meio borradas.
Esteve na cestinha de uma garotinha que passeou de bicicleta com o pai antes do acidente.
Agora estava jogado no meio fio.

E em algum lugar

Uma pessoa que dirigia um carro rápido em uma direção,mais tarde sentiria remorso.
Uma mulher que estava acordando, mais tarde sentiria saudades.
Um homem que estava inconsciente mais tarde sentiria culpa.

Tudo porque uma garotinha que conheceram, morreu.

O sinal da primeira aula bateu.
Nada nunca aconteceu.
Ninguém nunca esqueceu.

E eu, que estava colocando meu material na carteira,
mais tarde não sentiria nada,
alem de friu nas mãos.
 

Noites de outono

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Não como ontem as noites de outono
Nos ponteiros descendo em perdidos anseios
Nas brisas suspiradas de abandono
Nos perfumes subindo em fugidos devaneios
Nos sonhos só sonhos e campos de centeios

Ao fim me dei conta da estranha roxidão
Do púrpura gotejado em luminoso
Do incomodo passado, conhecido piedoso
Do rosado sorrir de enoja compaixão
Que deixou sem palavras ou palavras a razão

Durante o caminho de momentos precisos
De baixo dum sombrejante inatingível trono
Vi minh'alma, pobre facejando sorrisos
Sempre sem juízos e sem dono, sem dono
Como o sonho canto das noites de outono

E que boceje a lágrima que irá se render!
No vacilar dum coração quase parar de sono
Sem canto, sem sonho e de volta sem dono
Que volta, sempre volta! a sem dono bater
Do modo como ontem não foi meu o amanhecer
De todas as nossa, exnossas noites de outono.
 

soluço de sentido.

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As pessoas
tem
as palavras.

As palavras
tem
os sentidos.

Os sentidos
tem
a meia
verdade

das pessoas.

A meia
verdade
tem dito:

Por dentro
dos sentidos
das palavras
das pessoas;

Tem algumas
meiapalavras,
não palavras,
despalavras.

Que tentam
inscrever
a verdade.

Aqui.

A verdade
indizivel,

dos sentidos
sem sentido

da razão
de descrever

o que leio
toda manhã

nos seus
olhos.
 

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'" _Um dia não muito distante eu não me lembrarei de você.
. . .

_Você será mais uma entre muitas das quais terei uma opinião vazia estereotipada pela memória ruim e falta de interesse.
. . .

_Daqui a um tempo terei novos problemas que me distanciaram mais e mais de você
. . .

_ É essa a certeza quente e meio embaçada que me deixa nessa 'agradável ignorancia perante a eminência de novos problemas' que estava comentando.
. . .

_Como quando eu sei que um dia na minha vida algo terrível acontecerá a mim.
. . .

_E que eventualmente me fará cair no chão de joelhos.
. . .

_Enfim, eu sei que esse dia vai chegar mas não me importo.
. . .
. . .

_Ora, Porque não importaria se eu me importasse, isso não mudaria nada.
. . .

_Do mesmo modo como você não importava para mim há alguns dias atrás.
. . .

_E não importará alguns anos à frente.
. . .

_É só isso que queria te dizer."'

Título original da postagem: 'O Que Eu Diria Para a Prova de Física Se Ela Pudesse Ouvir'
 

aaah corre!

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inspiração. ah! certo. vamos atrás dela! corre corre corre, você está vendo alguma coisa? corre corre corre argh! chega, tempo para respirar. me dê mais algumas semanas... ela não vai para muito longe, quem sabe se voltarmos para pegar as bicicletas?
 

all about my bipolar disorder

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Triste como aquela aura azulada que existe em filmes como aquele lá, diminuindo o contrate e dirando a vida das cenas. Está triste a ponto de quase ir embora, desistir, chutar a cadeira na qual se apoia para longe e deixar a corda em seu pescoço encerrar com as palavras The End estilo fim de 'Tom e Jerry'. Porque você sabe -assim como ele- que não é a corda, e sim a esperança que imita madeira que o prende nessa agonia de dilema.

Isto é a cena: Eu, aqui, sentada na frente do computador? Não. Não sou eu. Eu não estou aqui, estou muito longe mergulhada no fundo de mim gritando numa montanha russa à 90º: e eu quero que você venha comigo.

Você está em um carrinho vermelho, o ultimo da fileira quase sem fim, e eu olho para você, poucos segundos antes da decida para dentro do meu ouvido problemático. (pois é só assim que você poderia entrar) . No começo está tudo muito iluminado com pequeno raio de sol que reflete da janela formando uma mancha clara no meu rosto sombreado pela ausencia de luz no comodo em questão (nada dramatico, por favor!). E então, a decida: Muito rápida, tão instavel, por-demais-de violenta e alucinante que você teme com todos os seus temores que o carrinho se desprenda dos trilhos e te arremece como uma bola de golfe em direção a escuridão. No meu abismo, também conhecido como ouvido. E lá está você temendo como nunca temeu, como nunca-nunquinha-jamais temerá pela sua vida: não pelo simples prazer de respirar, ou pelo medo da queda, ou do escuro, ou dos mistérios de dentro da minha cabeça, NÃO! você teme sim pois você sabe que seja lá que eternidade existir alem daquela escuridão, não tem volta. Nem cadeira nem corda. Nem raio de sol fatidico. Nem nada. (huaHAHA)

The thing about kicking the chair is not about he whishing to die, it is more like when you just dont fell like leaven anymore, you don't anderstanding why anymore, e você não vive mais como antes. Because everyone who thinks about jumping die inside, por um momento, if he jumps or not next to that losts its meening e ele não liga mais para nada. He just don't care if you will live again, it doesn't mater. That's the saddest part about suicide, when you are able to do this, it is just because você continua tendo outra opição, um esperança ainda, that's what give you that choise, that's what give you the streath. End then he kills himself, only to kill this hope. And that is the only why i don't jump off myself, porque isso seria redundante.

Oh meu deus! como eu te amo, tanto tanto que nem cabe! Só preciso saber quem é você por isso me diga seu nome, e assim que puder irei te dar um presente, um abraço, ou um sorriso, como já fiz outras vezes e farei denovo. Só me diga seu nome. Depois pode me chutar que eu não ligo, sou quenem um cachorro besta, fiel no matter what, te amando para sempre!

Me diga seu nome, I dare you.