Sobre escrever

Category: By m.regina
Muitas vezes me pego pensando no que pensei e em como o que penso em geral não me ajuda a encontrar as respostas. Lembro dos raciocínios e me lembro das vezes anteriores que recordei-os também exatamente desta mesma forma, e assim, como dita o scrip, eu imagino por alguns instantes uma maneira de poder concluir tais pensamentos infinitos... Mas não me lembro de um dia ter conseguido.

Não sei bem o que isso tem a vez com escrever, mas acho que escrever me ajudara e chegar a uma conclusão - ou quase - a respeito. Não sei, mas tenho boas referencias quanto registrar pensamentos, isso sempre me ajudou a... Não me perder. "E me perder aonde?" Em lembranças lógico! Minha cabeça é o habitat natural das lembranças; pensamentos, sonhos, ou raciocínios são apenas visitas. Lembranças de tudo, nem sempre são conscientes; o que mais costumo me lembrar é de como me sentia em certos momentos indeterminados, quero dizer, momentos sem data ou imagens, somente os sentimentos que me trouxeram.

Lembrei-me agora de já ter justificado minha desatenção a aula com algo parecido com "déficit" ou algo assim, sei que fui convincente pois, alem da professora ter ficado preocupada, eu de fato considero essa minha condição um tipo de "déficit". Apesar de ele me permitir diversas resoluções diferentes sobre mim mesma [...].
Enfim, o ponto é que isso na maior parte das vezes me impede a completar uma linha de pensamentos muito longa, pois quando não me perco puramente nas lembranças, estas me mudam o rumo do raciocínio e o assunto anterior é completamente esquecido. Acho que a importância de escrever neste caso seria... A possibilidade de, ao menos, não ficar andando em círculos. Pelo menos deveria.

Penso eu.


Um Comentário a Mais:



Outro comentário que gostaria de fazer sobre a escrita, agora que já me encontrei no assunto, é sobre as palavras. Não as palavras em seu significado e fim, mas as palavras em sua estética;

O que é um "mas" perto de um "todavia"?

Ou um "tem" perante um "há"?

Ou até mesmo um ... Enfim, você entendeu.

O que quero dizer é como as palavras não se resumem meramente a seus significados, carregam ainda fragmentos, pequenos caquinhos da imagem que o autor deseja construir para seus dizeres, ou para si. Estamos assim, como autores manipulando nossos leitores para pensem o que queremos que pensem; "Ora, e desde quando isso é novidade?" desde nunca! Eu quero chegar na verdade a outra questão, que me ocorreu agora e confesso que com certo estranhamento, do como as palavras, assim tão moldáveis, são... Inconfiáveis.

Estranhamento apenas pelo fato de mesmo depois de tanto ter pensado e chegado a essa mesma conclusão, nunca ter notado esse ponto. Para mim já é rotineira a inexatidão e ineficiência das palavras como meio de comunicação, principalmente pelo modo como seu entendimento depende das memórias (base do conhecimento) do ouvinte, e como todos temos uma vida diferente e memórias diferentes, é lógico o fato de que interpretamos uma mesma palavra de maneiras diferentes, um exemplo disso é a palavra "Dor"; Ambos temos consentimentos diferentes quanto a "Dor", pois todos sofremos dores diferentes.

Enfim... Apenas um comentário a mais.
 

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