Noites de outono
Nos ponteiros descendo em perdidos anseios
Nas brisas suspiradas de abandono
Nos perfumes subindo em fugidos devaneios
Nos sonhos só sonhos e campos de centeios
Ao fim me dei conta da estranha roxidão
Do púrpura gotejado em luminoso
Do incomodo passado, conhecido piedoso
Do rosado sorrir de enoja compaixão
Que deixou sem palavras ou palavras a razão
Durante o caminho de momentos precisos
De baixo dum sombrejante inatingível trono
Vi minh'alma, pobre facejando sorrisos
Sempre sem juízos e sem dono, sem dono
Como o sonho canto das noites de outono
E que boceje a lágrima que irá se render!
No vacilar dum coração quase parar de sono
Sem canto, sem sonho e de volta sem dono
Que volta, sempre volta! a sem dono bater
Do modo como ontem não foi meu o amanhecer
De todas as nossa, exnossas noites de outono.
é linda =)